Que
as esperanças renovem-se,
afinal de contas,
esperanças
não criam rugas.
Que
a poeira que ficou acumulada lá no canto,
deixando
cinza o brilho no olhar,
encontre
o lápis de cor perdido há tanto tempo.
O
jeito de pintar eu sei que ainda existe,
essa
vontade de que tudo dê certo
daqui
pra frente não muda,
é
como andar de bicicleta.
Não
adianta, por mais que a gente esconda isso,
sempre faz aquele mantra à meia-noite:
Eu
quero ser mais feliz,
eu quero mais amor,
eu
quero mais paz,
eu
quero bis,
eu
quero uma borracha...
Sei
lá, mas todo mundo pede alguma coisa,
ainda
que seja em silêncio,
ainda que seja fingindo pra si mesmo
que não está pedindo nada,
que isso é uma bobagem sem tamanho.
Pedir
felicidade nunca é demais
e
isso não torna ninguém maior ou menor
dentro das suas convicções e posições.
A felicidade é um bicho esquisito e alado,
e
também a esperança,
quando
achamos que se foram,
elas
ressurgem como fênix,
depois
voam e voam e voam mais,
mas
elas voltam, voltam sim,
ainda
que se percam pelos ares,
elas
voltam e pousam em nós,
ainda
que tenham pressa de partir para o infinito.
E
a felicidade vive bordada em forma de levezas
espalhadas por nossos caminhos.
É
aquela força inexplicável que vem das entranhas
e
vai subindo dos pés à cabeça
e faz de um simples segundo de um ano para o outro,
uma
explosão de sentimentos férteis.
O
maior fertilizante é o amor.
[Um ano novo de sentimentos férteis. A verdadeira mudança não está no calendário, está em nossas mãos. Feliz 2013!]