quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dias a mais


Que os dias sejam a mais!
Tenham mais cores, mais luzes,
mais sorrisos, mais abraços
mais afetos, mais amores,
Mais...
Porque cada dia que aproveitamos
com mais vontade
é um dia a mais
que valeu a pena na nossa história.

Que os dias sejam a mais!
Tenham mais olhos, mais ouvidos,
mais voz, mais vez,
mais arrepios, mais trocas,
Mais...
 Porque a construção de cada dia
 deixa o alicerce mais sólido.

 E quando chegar o fim do ano novamente,
na hora da virada,
o segundo final terá mais sentido,
 mais sabor e mais beleza.
Os pedidos ainda existirão,
mas haverá muito mais agradecimento.

[Dias a mais por mais dias a mais por mais dias...]




Um Feliz Natal e um ano novo repleto de dias a mais para todos os seguidores e visitantes deste espaço querido!  Em 2012 estarei mais presente. Beijos
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domingo, 9 de outubro de 2011

Cabelos brancos: pintados ou descoloridos pelo tempo



Tem o cabelo cor de prata
E vale mais que ouro
A sua história de vida
É um verdadeiro tesouro

Tem muito o que contar
Tantas coisas vividas
Tem bagagem pra ensinar
A entender melhor a vida

Tem o cabelo cor de nuvem
E a voz doce feito mel
Tem um olhar que traz sossego
Assim como o azul do céu

No rosto as marcas do tempo
são como a vida bordada na face
Contam o quanto já viveram
Sem retoques, sem disfarce

Tem tanta sabedoria
Mesmo o que nunca estudou
Aprendeu na melhor escola
Foi a vida que ensinou
E aprendeu com tanta sede
Que o mundo transformou

Olha para o céu
E sabe se vai chover
interpreta sons de pássaros
sabe o que quer dizer
e isso não é magia
é a plenitude do viver

Chamam de terceira idade
a que vive no momento
eu chamo de melhor idade
é o que diz meu sentimento
conhece bem mais a vida
aproveita mais o tempo

Receba este poema
Como um abraço carinhoso
É a minha singela homenagem
Para ti, amado idoso!

[E os seus cabelos brancos, cor da paz, cor do amor
não sei se o tempo descoloriu ou se, lindamente, pintou]





Declamado aos idosos da Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra http://www.accabem.org.br/, em comemoração a semana do idoso. Um momento de muita emoção, que eu tenho o prazer de compartilhar com vocês. Jamais esquecerei aqueles olhares tristes sorrindo pra mim. Jamais esquecerei aquelas palavras que ouvi deles. Jamais esquecerei a emoção estampada em seus rostos ao ouvirem esta poesia, que foi feita especialmente para eles. Eu estava muito emocionada e segurando as lágrimas, mas na hora que eu levantei os olhos e vi um velhinho enxugando as lágrimas, ali eu desabei, travou a garganta e, naquele momento, eu recebi o meu pagamento por estar ali.

sábado, 27 de agosto de 2011

Carmen semeando poesia














Carmen via,
via poesia aqui,
via poesia acolá,
via poesia onde havia e onde não há.
Carmem plantava poesia,
e colhia,
e distribuía
e perfumava os ares com as suas
e as de tantos exalavam através de si,
através de mim, de ti.
Carmem ouvia,
ouvia o sussurro do silêncio pedindo ajuda
e o ajudava com os sons da ponta do seu lápis,
era uma cantiga tão bonita!
fazia tanto bem ouvir os sons que brotavam da sua alma
e era estampado em um pedaço de papel,
um simples papel,
que virava um tesouro dos mais valiosos
em suas valiosas mãos,
porta-voz do seu imenso sentir.
Carmen sabia,
sabia que tudo ficaria mais bonito,
a paisagem das palavras,
uma pintura,
daquelas que fazem barulho
e plantam girassóis por dentro,
obra de arte das mais belas,
afetava todos os sentidos
e tudo fazia mais sentido,
as palavras em dança.
Carmen abria,
destrancava as portinholas
para quem não via,
para quem não lia,
fazia nascer novos horizontes,
despertava,
aproximava a poesia
de quem dela se escondia
e surgia como uma luz.
Acendia.
Reluzia.

[Carmen ia, seguia... Semeando por aí...]





Para Carmen Silvia Presotto, com o meu mais sincero carinho e admiração. Obrigada por espalhar a poesia e deixar o mundo mais bonito e suave. Desejo-te muita felicidade, muita luz, saúde, paz, amor e que sempre semeie a tua poesia pelos ares. Feliz aniversário! Você faz parte do meu relicário!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Passarinho felicidade




Andou como se flutuasse.
Não, não, na verdade ela flutuava mesmo.
Já havia experimentado aquela sensação outras vezes,
sim, muitas, mas os tons de azuis eram sempre mais bonitos
e era sempre indescritivelmente leve. Tão leve!
Era uma vontade de olhar para cima de braços abertos
e depois girar e girar de olhos fechados
até levantar voo.
Na verdade ela voava de tanta leveza,
uma leveza chamada felicidade.
A sua felicidade era leve
e voava sem compromisso
pelos seus ares.
O seu revezamento de beleza, pouso,
sutileza e voo,
arrancava sorrisos da alma,
e pairava pelo ar como uma bailarina dos céus.
A felicidade dela também levantava voo,
mas sempre pousava,
sim, sempre pousava e repousava ali.


[Era uma felicidade passarinho, leve...]







Meus queridos, desculpem a ausência! Estive um pouco sumida porque aconteceram algumas coisas muito boas em minha vida - o passarinho felicidade pousou por aqui - uma delas é que fui convocada em um concurso público aqui do Estado, que fiz ano passado e estou em fase de adaptação, treinamento, essas coisas... mas agora que as coisas já estão tomando o seu rumo, tentarei postar com mais freqüência, até porque, como já disse, aqui é o meu refúgio e sinto muita falta. Obrigada a todos pelo carinho e pelas lindas mensagens deixadas no post de aniversário do Soltando Linhas. Saudades de vocês! Em breve visitarei a todos. Beijos

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Somente Linhas... Sementes minhas.



Hoje o Soltando Linhas completa o seu primeiro ano de vida e venho aqui agradecer a cada um dos meus seguidores, a cada uma das palavras ricas, carinhosas, fortes, cheias de encantos, verdade e emoção que vocês deixaram aqui. Palavras que me fazem sorrir, que me fazem chorar e me enriquecem. Este lugar é um dos meus refúgios. Escrever me traz felicidade, prazer, liberdade, salvação, cada dia sinto isso mais forte, é como se as palavras fossem nascendo e eu renascendo com elas. E os olhares atentos de vocês são presentes divinos. Obrigada a todos e a cada um!



Os nossos Poemas Enredados viraram um Weblivro e já são mais de 2500 leituras em duas semanas. Parabéns, Carmen pela brilhante iniciativa e parabéns a todos pelo belíssimo resultado! Pra mim é um grande prazer participar!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sem sentido?




Fechei os olhos
e escutei melhor a vida
e ouvi,
vi

Tapei os ouvidos
e senti o aroma que exalava
das entranhas da vida
e ouvi,
vi,
sorvi

Travei a boca
e ouvi os gritos da vida
e ouvi,
vi,
sorvi,
vivi

vi,
ouvi,
sorvi,
vivi,
pronuncei,
mas os arrepios eu não escondi
e foi aí que pequei(?)

Fui ouvida,
vista,
sorvida,
vivida.
Compreendida?
Aí eu não sei.

Quem conseguirá ver
o que há dentro de mim,
quem tem olhos de Ísis
ou quem sente assim?


[Veja o que eu falo. Ouça o que eu calo. Sinta o que eu.]





Selo que ganhei da Dielma. Aqui. Obrigada pelo carinho!

domingo, 3 de abril de 2011

Poemas EnRedados


Poemas EnRedados são poemas feitos por muitas mãos, poemas com várias almas, diversos olhares, onde a mágica da poesia faz o trabalho de trazer unidade, harmonia, fazendo com que vários versos soltos encontrem pares, pares tão ímpares e de mãos estendidas, que dizem sim e seguem juntos, unindo e encantando pelo caminho fascinante das palavras, da poesia libertadora, transformadora e solidária.

Os poemas e o resultado deste trabalho em conjunto podem ser conferidos todos os domingos no site Vidráguas, da grande poeta Carmen Silvia Presotto, idealizadora deste belíssimo projeto.

Abaixo alguns poemas enRedados para vocês sentirem como os versos se entrelaçam e que, no final, todas as linhas coloridas usadas ganham, incrivelmente, a mesma tonalidade. É a mágica da poesia, digo e repito.

Cliquem em cada imagem para serem direcionados à postagem original em Vidráguas!


Visitem Vidráguas e sintam estes e outros maravilhosos poemas!

Arte: Luana Neres

quarta-feira, 9 de março de 2011

Fantasio



Vesti a minha melhor fantasia
E na avenida brinquei
Entre confetes e serpentinas
A tua boca beijei
As músicas eletrizantes
Soaram canções de amor
Eu era a Colombina
E você meu Pierrot
Melhor que o encontro de trios
Foi te encontrar na multidão
Entre blocos e pipoca
Encontrei seu coração
Entreguei meu coração
E os nossos corações
Batucavam mais forte
Que todas as percussões
Dava pra escutar, dava pra sentir
Foi assim, você chegou
E fez folia em mim
Foi um amor de carnaval
E teve um final feliz
Depois voltei para o real
Despi a minha melhor fantasia
E na avenida deixei
E a quarta não foi de cinzas

[Fantasiei, fantasiei...]






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